terça-feira, 12 de agosto de 2014

Sobre a privação do sono

Não é novidade que ter boas noites de sono é um hábito essencial para uma boa saúde, porém os efeitos adversos da falta de sono são comumente ignorados na atualidade, devido à grande quantidade de trabalho e distrações presentes em todas as horas do dia. As consequências da falta de sono vão muito além do simples cansaço e entre essas consequências estão:

Perda Cognitiva


O sono desempenha um papel crítico no processo de pensamento e aprendizagem. A falta de sono prejudica esses processos cognitivos de muitas maneiras. Prejudica a atenção, estado de alerta, concentração, raciocínio e resolução de problemas. Isto faz com que seja mais difícil de aprender de forma eficiente.

Durante a noite, vários ciclos de sono desempenham um papel na "consolidação" das memórias. Se você não dorme o suficiente, você não será capaz de se lembrar o que aprendeu e experimentou durante o dia.

Baixa Imunidade


Noites maldormidas podem deixar o organismo mais vulnerável a infecções. Cansado e sem tempo suficiente para se recuperar, as defesas do corpo ficam baixas. É nessa hora que vírus e bactérias aproveitam a baixa de guarda e atacam. 

Estado Emocional Negativo


Pesquisadores da Universidade de Berkeley, Califórnia, dizem ter ligado a falta de sono com a forma como lidamos com nossas emoções. Após passar um vídeo com imagens perturbadoras, o estudo observou 60% mais atividade na amígdala (conjunto de neurônios regulador dos sentimentos e da agressividade) em voluntários que haviam perdido uma noite de sono do que naqueles bem descansados. Pesquisas revelam que cérebros cansados armazenam informações negativas de forma mais eficaz, podendo deixar a pessoa triste e deprimida. Basicamente, enxergamos a vida muito melhor quando estamos descansados.

Depressão


Ao longo do tempo, falta de sono e distúrbios do sono pode contribuir para os sintomas da depressão. As pessoas diagnosticadas com depressão ou ansiedade são mais propensas a dormir menos de seis horas por noite.

Na verdade, a insônia é frequentemente um dos primeiros sintomas da depressão.

Insônia e depressão alimentam-se um ao outro. A perda de sono, muitas vezes agrava os sintomas de depressão, e a depressão pode tornar mais difícil adormecer.

Dificuldade para Tomar Decisões


Segundo estudos realizados pelo pesquisador Sean Drummond, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, quando estamos cansados temos dificuldade para determinar o que é mais importante e até pequenas decisões ganham gravidade exagerada. Além disso, o pesquisador especializado em privação do sono descobriu que o cansaço leva as pessoas a correrem mais riscos.
Outro estudo, realizado pela Universidade de Duke, e publicado no Journal of Neuroscience no dia 8 de março, avaliou 29 voluntários. Eles tiveram que tomar decisões de cunho econômico depois de uma noite de sono normal e depois de uma péssima noite. Os pesquisadores utilizaram um aparelho de ressonância magnética para avaliar as funções do cérebro nessas duas ocasiões e descobriram que há uma redução de atividade na região responsável pelo processamento das conseqüências negativas quando há privação do sono .

E como é possível recuperar o sono perdido?



Há controvérsias sobre o assunto, mas alguns cientitas acreditam no conceito de déficit do sono, que é possível ser sanado ao dormir-se por mais horas durante as noites de sono. Independente da existência desse déficit, não é tarde para corrigir os maus hábitos e começar a dormir ao menos seis horas toda noite. 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Enzimas: a chave para uma vida longa e saudável

Texto adaptado do livro Dieta do Futuro, por Hiromi Shinya

As enzimas são catalisadores orgânicos para as diversas reações químicas que acontecem dentro de qualquer organismo vivo. Onde há vida, há enzima, pois ela é necessária para todo o tipo de reação, seja ela de síntese ou decomposição, transporte, excreção, entre outras. Sem enzimas, essas reações levariam um maior tempo parra se completar e então a vida do modo como a conhecemos seria impossível.

O nosso corpo é capaz de produzir suas próprias enzimas  -- cujo número de espécies é superior à 5 mil --, porém elas também podem ser obtidas por meio da alimentação. A razão para um tamanho tão grande de diferentes tipos de enzima é que cada uma delas possui uma função muito específica, agindo somente sobre um grupo seleto de substâncias.

Ainda não é claro como essas enzimas são produzidas pelas nossas células, e o dr. Hiromi Shinya possui uma teoria de como se dá a fabricação de enzimas. Ele acredita na existência de uma enzima-fonte, uma espécie de célula-tronco das enzimas, que pode se transformar em qualquer outro tipo de enzima.

Baseado nessa crença, o dr. Hiromi desenvolveu outra teoria quediz que a saúde depende da conversação de enzimas-fonte no organismo. Ele as chama de “enzimas milagrosas” devido ao poder de cura que elas têm sobre o corpo humano.

Ele notou que quando uma área do corpo precisa e consome uma grande quantidade de um tipo de enzima, há uma carência de outros tipos de enzima em outras partes do corpo, como por exemplo, após a ingestão de uma grande quantidade de álcool. O grande consumo de enzimas pelo fígado na tentativa de metabolizar o álcool faz com que haja uma carência de enzimas destinadas à digestão e absorção no estômago e nos intestinos.

É possível chegar à conclusão de que existe uma espécie de enzima-fonte que pode se transformar em várias outras, e esta enzima é que se esgota uma vez que o organismo utilize uma grande quantidade de um tipo específico de enzima.

Segundo o dr. Hiromi, a manutenção da quantidade dessa enzima-fonte por meio da alimentação e do estilo de vida é a causa da boa saúde e longevidade, e entender os mecanismos de esgotamento da enzima-fonte também é essencial para a vida.

Entre os maiores fatores que influenciam no esgotameno são o álcool, o tabaco, as drogas, os aditivos alimentars, os agrotóxicos, estresse, poluição e ondas eletromagnéticas, e de acordo o dr. Hiromi, bastará um pequeno esforço diário para a manuntenção dos níveis de enzima-fonte e uma vida longa e saudável.

sábado, 28 de junho de 2014

Alzheimer

A Doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve ser tratada. Quase todas as suas vítimas são pessoas idosas. Talvez, por isso, a doença tenha ficado erroneamente conhecida como “esclerose” ou “caduquice”.
A doença se apresenta como demência, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.
Seu nome oficial refere-se ao médico Alois Alzheimer, o primeiro a descrever a doença, em 1906. Ele estudou e publicou o caso da sua paciente Auguste Deter, uma mulher saudável que, aos 51 anos, desenvolveu um quadro de perda progressiva de memória, desorientação, distúrbio de linguagem (com dificuldade para compreender e se expressar), tornando-se incapaz de cuidar de si. Após o falecimento de Auguste, aos 55 anos, o Dr. Alzheimer examinou seu cérebro e descreveu as alterações que hoje são conhecidas como características da doença.
Não se sabe por que a Doença de Alzheimer ocorre, mas são conhecidas algumas lesões cerebrais características dessa doença. As duas principais alterações que se apresentam são as placas senis decorrentes do depósito de proteína beta-amiloide, anormalmente produzida, e os emaranhados neurofibrilares, frutos da hiperfosforilação da proteína tau. Outra alteração observada é a redução do número das células nervosas (neurônios) e das ligações entre elas (sinapses), com redução progressiva do volume cerebral.
Alguns sinais que podem alertar para o Alzheimer são:
  • Esquecimentos frequente, como esquecer nomes, reuniões, números de telefone especialmente no que se refere a acontecimentos recentes;
  • Dificuldade em usar as palavras certas numa conversa, tornando as frases de difícil compreensão;
  • Perder a noção de localização esquecendo o lugar para onde se vai, onde está ou mesmo como voltar para casa;
  • Esquecer a data, o dia da semana ou o ano que está em vigor.

Saiba mais:

http://www.alz.org/brain_portuguese/08.asp

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Efeitos do Estresse e Dicas para Combatê-lo



Dicas para Combatê-lo

Prepare tempo para o relaxamento. Incluir descanso e relaxamento na sua programação diária. Não permita que outras obrigações o impeçam de fazer esta excelente actividade. Esta é a altura de fazer uma ruptura com todas as responsabilidades e recarregar as baterias.
Conecte-se com os outros. Gastar tempo com pessoas de quem gosta. Um forte sistema de apoio será um óptimo inibidor dos efeitos negativos do stress.
Faça algo que você aprecie todos os dias. Faça atividades de lazer que lhe trazem alegria, procure aquilo que as crianças tanto fazem bem, perca temporariamente a noção do tempo e envolva-se em algo onde se esquece de si mesmo.

Mantenha o seu senso de humor. Isto inclui a capacidade de rir de si mesmo. O acto de rir ajuda o seu corpo a combater o stress de várias formas. A libertação de endorfinas na corrente sanguínea é um excelente inibidor dos sintomas lesivos do stress.

sábado, 31 de maio de 2014

O grão de ouro

A quinoa, antes um grão desconhecido e obscuro, está presente em todas as prateleiras de supermercados, seja na sua forma mais pura ou juntamente com barrinha de cereais, pães, biscoitos e artigos do gênero.

O grão, da família Chenopodioideae, é mundialmente aclamado por suas propriedades: possui alto teor de nutrientes como ferro, fósforo, potássio, zinco e cálcio, além de ser utilizado para tratar vinte e duas doenças. É benéfica para diabéticos devido ao seu baixo índice glicêmico, e para celíacos também, pois o grão da quinoa é isento de glúten.

Por ser rica em proteínas, a quinoa ajuda no fortalecimento muscular, principalmente para quem pratica atividades físicas. Suas quantidades significativas de ômega 3 e 6 são importantes aliados na prevenção de doenças cardiovasculares e redução do colesterol. Ela também ajuda no fortalecimento dos ossos e prevenção de doenças como osteoporose e hipertensão.

As vitaminas do complexo B presentes na quinoa são parte essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso, manutenção muscular e síntese de hormônios.

Leia para mais para aprender como prepará-la.

domingo, 18 de maio de 2014

O Luto e Suas Fases

O luto é um conjunto de reações a uma perda significativa, geralmente pela morte de outro ser. Segundo John Bowlby quanto maior o apego ao objeto perdido (que pode ser uma pessoa, animal, fase da vida, status social...) maior o sofrimento do luto. O luto tem diferentes formas de expressão em culturas distintas.
O Modelo de Kübler-Ross propõe uma descrição de cinco estágios discretos pelo qual as pessoas passam ao lidar com a perda, o luto e a tragédia. Segundo esse modelo, pacientes com doenças terminais passam por esses estágios.
O modelo foi proposto por Elisabeth Kübler-Ross em seu livro On Death and Dying, publicado em 1969. Os estágios se popularizaram e são conhecidos como Os Cinco Estágios do Luto (ou da Dor da Morte, ou da Perspectiva da Morte).
                                                                                                                                             
Primeira fase: negação
Nessa fase a pessoa nega a existência do problema ou situação. Pode não acreditar na informação que está recebendo, tentar esquecê-la, não pensar nela ou ainda buscar provas ou argumentos de que ela não é a realidade.
Pensamentos
Comportamentos

• “Isso não é verdade!”
• “Vai passar.”
• “Sempre dou um jeito em tudo, vou resolver isso também.”
• Buscar uma segunda opinião ou outras explicações para a questão.
• Continuar se comportando como antes (ignorando a situação).
• Não aderir ao tratamento (no caso de doença) ou não falar sobre o assunto (no caso de morte, desemprego ou traição).
Segunda fase: raiva
Nessa fase a pessoa expressa raiva por aquilo que ocorre. É comum o aparecimento de emoções como revolta, inveja e ressentimento. Geralmente essas emoções são projetadas no ambiente externo; percebendo o mundo, os outros, Deus, etc. como causadores de seu sofrimento. A pessoa sente-se inconformada e vê situação como uma injustiça.
Pensamentos
Comportamentos

• “Por que eu?”
• “Isso não é justo!”
• “Por que fizeram isso comigo?”
• Perde a calma quando fala sobre o assunto.
• Recusa-se a ouvir conselhos.
• Evita falar sobre o assunto.
Terceira Fase: negociação
Nessa fase busca-se fazer algum tipo de acordo de maneira que as coisas possam voltar a ser como antes. Essa negociação geralmente acontece dentro do próprio indivíduo ou às vezes voltada para à religiosidade. Promessas, pactos e outros similares são muito comuns e muitas vezes ocorrem em segredo.
Pensamentos
Comportamentos

• “Vou acordar cedo todos os dias, tratar bem as pessoas, parar de beber, procurar um emprego e tudo ficará bem.”
• “Vou pensar mais positivamente e tudo se resolverá.”
• “Deus, deixe-me ficar bem de saúde, só até meu filho crescer.” (pessoa ao saber que está doente)
• Rezar e fazer um acordo com Deus.
• Buscar agradar (no caso de uma traição).
• Se alimentar com produtos lights e diets para compensar os outros alimentos. 
Quarta fase: depressão
Nessa fase ocorre um sofrimento profundo. Tristeza, desolamento, culpa, desesperança e medo são emoções bastante comuns. É um momento e que acontece uma grande introspecção e necessidade de isolamento.
Pensamentos
Comportamentos

• “Não tenho capacidade para lidar com isso.”
• “Nunca mais as coisas ficarão bem.”
• “Eu me odeio.”
• Chorar.
• Afastar-se das pessoas.
• Comportar-se de maneira autodestrutiva.
Quinta fase: aceitação
Nessa fase percebe-se e vivencia-se uma aceitação do rumo das coisas. As emoções não estão mais tão à flor da pele e a pessoa se prontifica a enfrentar a situação com consciência das suas possibilidades e limitações.
Pensamentos
Comportamentos

• “Não é o fim do mundo.”
• “Posso superar isto.”
• “Posso aprender com isto e melhorar.”
• Buscar ajuda para resolver a situação.
• Conversar com outros sobre o assunto.
• Planejar estratégias para lidar com a questão.


Ao contrário do que este esquema implica, porém, o processo do luto é não-linear para a maioria das pessoas que passam por ele. É importante buscar o apoio da família e pessoas amadas após grandes perdas e contar com a ajuda de profissionais especializados caso o luto seja severo.

domingo, 23 de março de 2014

História da Acupuntura

A acupuntura é um dos tratamentos médicos mais antigos e teve sua origem na China: as raízes de sua filosofia estão nos ensinamentos tradicionais do Taoísmo, que promove a harmonia entre os humanos e o mundo a sua volta, assim como um equilíbrio entre o yin e o yang.

O primeiro livro redigido sobre o assunto foi Huang Di Nei Jing (O livro do Imperador Amarelo). Foi escrito entre o primeiro e segundo séculos antes de Cristo, como uma compilação do conhecimento médico então existente. A obra é dividida em dois livros. O primeiro, Su Wen, questões fundamentais, discorre sobre a teoria médica da época. O segundo livro, Ling Shu, ou eixo espiritual, é um manual de acupuntura. Os dois livros tratam da aplicação dos conceitos de Ying e Yang na medicina, da teoria dos cinco elementos (ou cinco movimentos), descrevem a teoria dos meridianos, tratam do conceito do Qi e atribuem definitivamente aos sintomas causas orgânicas ao invés de causas sobrenaturais.

Os primeiros acupunturistas utilizavam agulhas feitas com pedras e ossos, mas posteriormente começaram a criar agulhas de metal, como o bronze, ouro e prata. 

No começo do século XIX, os viajantes que haviam ido à China começaram a introduzir a acupuntura no Ocidente. Médicos na Europa e nos EUA começaram a fazer experimentos com esta técnica. Um dos maiores e primeiros devotos da acupuntura no Ocidente foi um acadêmico francês chamado de Geourge Soulie de Morant. Ele viajou para a China na virada do século XX. Quando retornou à França, após quase duas décadas, ele apresentou os textos e técnicas clássicas da acupuntura para os médicos franceses.

No Brasil, o provável início da prática do modo como a conhecemos deu-se em 1810, juntamente com a vinda de imigrantes chineses.


Nas últimas três décadas, a acupuntura ganhou ainda mais impulso e credibilidade. Hoje em dia, por exemplo, há diretrizes oficiais que regem sua utilização, além de sociedades organizadas por profissionais capacitados em acupuntura. De acordo com uma pesquisa nacional sobre saúde feita em 2002 nos EUA, a maior pesquisa sobre medicina complementar e alternativa feita até hoje, estima-se que 8,2 milhões de adultos americanos já experimentaram a acupuntura.