domingo, 26 de maio de 2013

Felicidade é amor

O título desse artigo não é meu. A frase é a conclusão de um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que começou em 1938. A pesquisa está entre as de mais longa duração da história e foi monitorada por cientistas de diferentes áreas.”
                                                         - Ana Paula Padrão

Em seu artigo sobre a correlação entre felicidade, amor e saúde, publicada na edição 2270 da revista Istoé, a jornalista Ana Paula Padrão usou como base uma longa pesquisa de Harvard, que durou por muitas décadas e pode apurar resultados interessantes.

O primeiro resultado a que se chegou, que não foi nada surpreendente, foi o poder destrutivo do alcoolismo. A bebida foi a maior causa de divórcios em toda a pesquisa, e também está ligada a neuroses e depressão; associada ao tabagismo, foi a que causou mais doenças graves e morte.

Outra descoberta, desta vez um pouco menos previsível, foi que a inteligência de cada um não está relacionada ao sucesso financeiro. Aqueles com QI de 110 se saíram tão bem quanto aqueles com QI de 150. A jornalista pensa que o QI não possui muita relevância, pois não é capaz de medir a capacidade de adaptação a situações difíceis.

Chegou-se à conclusão de que posições políticas e ideológicas nada podem dizer sobre a felicidade em geral na vida do indivíduo... Porém observou-se que a vida sexual dos conservadores terminava, em média, aos 68 anos, enquanto a dos liberais durava até os 80 anos. Ana Paula Padrão nota, divertida, a ironia da ligação entre conservadorismo político e baixo apetite sexual.

A maior descoberta da pesquisa foi a correlação direta entre amor – especialmente durante a infância – e uma vida feliz. Uma relação amorosa com a mãe causa maior felicidade na terceira idade, pois a partir daí várias outras relações amorosas e intensas surgem. Nas palavras da jornalista, quem aprende a amar reproduz amor.

A conclusão da pesquisa é que felicidade é amor, uma emoção que está presente em todos os aspectos da vida, até mesmo, por exemplo, o trabalho. Aqueles que tiveram uma boa infância e um relacionamento amoroso com os pais ganhavam salários mais altos, não importa que profissão eles seguissem, assim como eram os que possuíam menos sinais de demência, na terceira idade, e eram os que se declararam mais felizes.

Com isso, a jornalista nota que muitas mães falham em cuidar dos seus filhos pois pensam que o seu dever é somente alimentar e garantir segurança e saúde, quando demonstrar afeto e estabelecer uma relação íntima é igualmente importante para a felicidade futura e presente de sua prole.

Felicidade é amor e ponto final.


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