quarta-feira, 12 de junho de 2013

Por que as crianças francesas não tem déficit de atenção


Artigo: classificar o transtorno, tratar como doença e entupir as crianças de remédios pode transformar precocemente comportamentos sociais em sintomas médicos 

Nos Estados Unidos, pelo menos 9% das crianças em idade escolar foram diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), e estão sendo tratadas com medicamentos. Na França, a percentagem de crianças diagnosticadas e medicadas para o TDAH é inferior a 0,5%. Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente estabelecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?
TDAH é um transtorno biológico-neurológico? Surpreendentemente, a resposta a esta pergunta depende de você morar na França ou nos Estados Unidos. Nos EUA, os psiquiatras pediátricos consideram o TDAH como um distúrbio biológico, com causas biológicas. O tratamento preferido também é biológico — medicamentos psicoestimulantes, tais como Ritalina e Adderall.
Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, veem o TDAH como uma condição médica que tem causas psicossociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social de fundo com psicoterapia ou aconselhamento familiar. É uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.
Os profissionais franceses não usam o mesmo sistema de classificação de problemas emocionais infantis utilizado pelos psiquiatras americanos. Eles não usam o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou o DSM. De acordo com o sociólogo Manuel Vallee, a Federação Francesa de Psiquiatria desenvolveu um sistema de classificação alternativa, como uma resistência à influência do DSM-3. Esta alternativa foi a CFTMEA (Classification Française des Troubles Mentaux de L’Enfant et de L’Adolescent), lançado pela primeira vez em 1983, e atualizado em 1988 e 2000. O foco do CFTMEA está em identificar e tratar as causas psicossociais subjacentes aos sintomas das crianças, e não em encontrar os melhores band-aids farmacológicos para mascarar os sintomas.
Na medida em que os médicos franceses são bem sucedidos em encontrar e reparar o que estava errado no contexto social da criança, menos crianças se enquadram no diagnóstico de TDAH. Além disso, a definição de TDAH não é tão ampla quanto no sistema americano, que tende a “patologizar” muito do que seria um comportamento normal da infância. O DSM não considera causas subjacentes. Dessa forma, leva os médicos a diagnosticarem como TDAH um número muito maior de crianças sintomáticas, e também os incentiva a tratar as crianças com produtos farmacêuticos.
A abordagem psicossocial holística francesa também permite considerar causas nutricionais para sintomas do TDAH. Mais especificamente, como o comportamento de algumas crianças piora após a ingestão de alimentos com corantes, certos conservantes, e/ou alérgenos. Os médicos que trabalham com crianças com problemas — para não mencionar os pais de muitas crianças com TDAH — estão bem conscientes de que as intervenções dietéticas às vezes podem ajudar. Nos EUA, o foco estrito no tratamento farmacológico do TDAH, no entanto, incentiva os médicos a ignorarem a influência dos fatores dietéticos sobre o comportamento das crianças.
E depois, claro, as filosofias empregadas na educação infantil norte-americana e francesa são muito díspares. Estas filosofias divergentes poderiam explicar por que as crianças francesas são geralmente mais bem comportadas do que as americanas. Pamela Druckerman destaca os estilos parentais divergentes em seu recente livro,Bringing up Bébé. Acredito que suas ideias são relevantes para a discussão, pois o número de crianças francesas diagnosticadas com TDAH em nada se assemelha aos números que estamos vendo nos Estados Unidos.
A partir do nascimento dos filhos, os pais franceses oferecem um firme cadre — que significa “matriz” ou “estrutura”. Não é permitido, por exemplo, que as crianças tomem um lanche quando quiserem. As refeições são em quatro momentos específicos do dia. Crianças francesas aprendem a esperar pacientemente pelas refeições, em vez de comer salgadinhos, sempre que lhes apetecer. Os bebês franceses também se adequam aos limites estabelecidos pelos pais. Pais franceses deixam seus bebês chorando se não dormirem durante a noite, com a idade de quatro meses.
Os pais franceses, destaca Druckerman, amam seus filhos tanto quanto os pais americanos. Eles os levam às aulas de piano, à prática esportiva, e os incentivam a tirar o máximo de seus talentos. Mas os pais franceses têm uma filosofia diferente de disciplina. Limites aplicados de forma coerente, na visão francesa, fazem as crianças se sentirem seguras e protegidas. Limites claros, eles acreditam, fazem a criança se sentir mais feliz e mais segura, algo que é congruente com a minha própria experiência, como terapeuta e como mãe. Finalmente, os pais franceses acreditam que ouvir a palavra “não” resgata as crianças da “tirania de seus próprios desejos”. E a palmada, quando usada criteriosamente, não é considerada abuso na França.
Como terapeuta que trabalha com as crianças, faz todo o sentido para mim que as crianças francesas não precisem de medicamentos para controlar o seu comportamento, porque aprendem o auto-controle no início de suas vidas. As crianças crescem em famílias em que as regras são bem compreendidas, e a hierarquia familiar é clara e firme. Em famílias francesas, como descreve Druckerman, os pais estão firmemente no comando de seus filhos, enquanto que no estilo de família americana, a situação é muitas vezes inversa.
Tradução por Jeanne Pilli, do blog Cultivando o Equilíbrio
* Artigo publicado originalmente no site da revista norte-americana Psychology Today,aqui a continuação do debate (e aqui, traduzido)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

As doenças que mais venderam em 2012

Artigo adaptado de As doenças que mais venderão em 2012, autorado por Martha Rosenberg
A indústria farmacêutica é, de fato, uma indústria visando o lucro acima de qualquer coisa, inclusive da saúde de seus clientes. Um terço da população dos Estados Unidos toma antidepressivos, estimulantes e estatinas. A doença se tornou uma forma de se obter lucro e a cura agora é um empecilho, pois pessoas saudáveis não gastam dinheiro com remédios. Os laboratórios não só geram uma população de hipocondríacos; eles também falham em prover curas reais para doenças reais.

Nem todas as doenças são boas o suficiente para receber atenção da indústria farmacêutica... Elas devem atender a cinco critérios:
  •  Existir, obviamente. Mas precisa ter diagnóstico impreciso, ou seja, possuir uma área de manobra na quais os médicos possam trabalhar.
  • Ser potencialmente séria, com sintomas supostamente silenciosos que “piorarão” com o tempo, caso a doença não seja tratada.
  •  Ser rara. Se fibromialgia fosse tão popular quanto a gripe, por exemplo, certamente os remédios para “tratar” da doença não seriam tão caros.
  •  Explicar problemas de saúde anteriores.
  • Necessitar de uma droga cara, que não possua equivalente genérico.

Aqui está uma lista das doenças que as empresas farmacêuticas gostariam que você adquirisse.

            Déficit de Atenção com Hiperatividade em Adultos

Isso mesmo. Agora hiperatividade não é só mais uma doença infantil, agora que a moda da “depressão” passou e convenientemente, os índices de DDAH dobraram em mulheres de 45 a 65 anos e triplicou em homens e mulheres de 22 a 44 anos, de acordo com o Wall Street Journal.

Tanto a DDAH como a depressão pode englobar vários “sintomas”. Uma pessoa não pode simplesmente estar bravo, triste ou preocupado. Ela está depressiva. Assim como uma pessoa com DDAH pode ser menos responsável, confiável ou autoconfiante... O que pode descrever boa parte da população que por incrível que possa parecer, é completamente saudável.

Temos aí a doença perfeita. De diagnóstico impreciso e sintomas extremamente abrangentes, a indústria farmacêutica pode facilmente convencer crianças (e seus pais) a tomarem medicamentos para Déficit de Atenção.  Entretanto, isto é apenas metade da solução. Há ainda para se descobrir uma forma de crianças com déficit de atenção continuar a tomar o remédio em sua vida adulta.

A manipulação não só acontece nos anúncios de TV ou outdoors, mas também com a disseminação de artigos “científicos” que não são confiáveis, porém são de fácil acesso à população geral. Temos, por exemplo, o site WebMD, considerado manipulativo por profissionais como o Dr. Phillip Sinaikin que expressa que o site é “simplesmente o pior tipo de manipulação da indústria farmacêutica”.

            Artrite Reumatoide

A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença tão perigosa quanto o seu tratamento. A doença inflama articulações, tecidos adjacentes e órgãos, enquanto os supressores imunológicos designados para o tratamento aumentam as chances de o doente contrair câncer, infecções fatais e tuberculose. Em 2008, a FDA anunciou que 45 pessoas que consumiam supressores imunológicos morreram devido a infecção por fungos, e ainda investigou a relação entre um deles com linfoma, leucemia e melanoma em crianças. Em 2012, foi anunciado que essas drogas podem causar um raro tipo de câncer nas células sanguíneas brancas em jovens.

Há alguns anos, os critérios para o diagnóstico de AR eram a presença do fator reumatoide e inflamações, esses critérios caíram para apenas enrijecimento e dor, sintomas que qualquer atleta ou pessoa de mais idade pode sofrer sem necessariamente possuir AR.

As drogas imunossupressoras são, então, prescritas, sem necessidade e a preços exorbitantes.

            Fibromialgia

A fibromialgia é uma doença caracterizada por dores inexplicáveis no corpo. Pouco relatada e potencialmente muito dolorosa, a doença carece de cura, mas duas grandes empresas farmacêuticas lucram rios de dinheiro com a fabricação de medicamentos aprovados para a condição: um anticonvulsivo e um antidepressivo, primeiramente indicado para a “dor” física da depressão, antes de ser aprovado para o tratamento de fibro.

Os fabricantes estão felizes com a alta margem de lucro de ambos os medicamentos, e talvez até mesmo os compradores estivessem, fosse o caso desses medicamentos não possuírem efeitos adversos tão intensos.

Usuários do antidepressivo relatam desejo de cometer suicídio, além de calafrios, problemas maxilares e problemas nos olhos. Já os que tomam o anticonvulsivo relatam perda de memória, confusão, ganho de peso, queda de cabelo, capacidade comprometida de dirigir automóveis, desorientação, espasmos, entre outros sintomas. Existem pacientes que tomam os dois medicamentos.

            Disfunções do Sono

Não bastando a definição inicial de insônia, a indústria farmacêutica decidiu então criar subtipos da doença para mais eficientemente “tratá-la.” Entre os subtipos mais lucrativos, se encontram.
  •  Insônia no meio da noite

Um sonífero popular para esse tipo de insônia caracterizada por momentos conscientes no meio da noite tem como um de seus efeitos colaterais, o sonambulismo. As pessoas afetadas comem, dirigem, fazem ligações e falam e não se lembram de nada do que fizeram depois.
  • Sonolência excessiva e transtorno do sono por turno de trabalho

A Sonolência Excessiva durante o Dia, ou SED, é uma doença real e pouco reconhecida, cujas causas podem variar de apneia do sono a narcolepsia. Mas as corporações farmacêuticas sugeriram que talvez a SED esteja relacionada ao estilo de vida, ou nesse caso, os horários de trabalho.
Para a felicidade dos laboratórios, estimulantes contribuem com a insônia, que contribuem para a SED, e então se entra em um ciclo farmacológico que se precisa de soníferos para dormir e estimulantes para acordar.
  • Insônia que é depressão

Distúrbio do sono causado por depressão, ou depressão causada por distúrbio do sono? Difícil dizer, por isso os pacientes lutando contra ambos os problemas devem tomar o dobro de medicamentos, naturalmente.

De acordo com o site WebMD, pacientes deprimidos com insônia saem melhor se tratados com 
antidepressivos e soníferos.


Muitas das novas doenças de massa caem nessa mesma armadilha. Para vender mais, as corporações misturam novos medicamentos aos velhos, que possuem baixa eficácia, vendendo demais e curando de menos.

domingo, 26 de maio de 2013

Felicidade é amor

O título desse artigo não é meu. A frase é a conclusão de um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que começou em 1938. A pesquisa está entre as de mais longa duração da história e foi monitorada por cientistas de diferentes áreas.”
                                                         - Ana Paula Padrão

Em seu artigo sobre a correlação entre felicidade, amor e saúde, publicada na edição 2270 da revista Istoé, a jornalista Ana Paula Padrão usou como base uma longa pesquisa de Harvard, que durou por muitas décadas e pode apurar resultados interessantes.

O primeiro resultado a que se chegou, que não foi nada surpreendente, foi o poder destrutivo do alcoolismo. A bebida foi a maior causa de divórcios em toda a pesquisa, e também está ligada a neuroses e depressão; associada ao tabagismo, foi a que causou mais doenças graves e morte.

Outra descoberta, desta vez um pouco menos previsível, foi que a inteligência de cada um não está relacionada ao sucesso financeiro. Aqueles com QI de 110 se saíram tão bem quanto aqueles com QI de 150. A jornalista pensa que o QI não possui muita relevância, pois não é capaz de medir a capacidade de adaptação a situações difíceis.

Chegou-se à conclusão de que posições políticas e ideológicas nada podem dizer sobre a felicidade em geral na vida do indivíduo... Porém observou-se que a vida sexual dos conservadores terminava, em média, aos 68 anos, enquanto a dos liberais durava até os 80 anos. Ana Paula Padrão nota, divertida, a ironia da ligação entre conservadorismo político e baixo apetite sexual.

A maior descoberta da pesquisa foi a correlação direta entre amor – especialmente durante a infância – e uma vida feliz. Uma relação amorosa com a mãe causa maior felicidade na terceira idade, pois a partir daí várias outras relações amorosas e intensas surgem. Nas palavras da jornalista, quem aprende a amar reproduz amor.

A conclusão da pesquisa é que felicidade é amor, uma emoção que está presente em todos os aspectos da vida, até mesmo, por exemplo, o trabalho. Aqueles que tiveram uma boa infância e um relacionamento amoroso com os pais ganhavam salários mais altos, não importa que profissão eles seguissem, assim como eram os que possuíam menos sinais de demência, na terceira idade, e eram os que se declararam mais felizes.

Com isso, a jornalista nota que muitas mães falham em cuidar dos seus filhos pois pensam que o seu dever é somente alimentar e garantir segurança e saúde, quando demonstrar afeto e estabelecer uma relação íntima é igualmente importante para a felicidade futura e presente de sua prole.

Felicidade é amor e ponto final.


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Por que algumas pessoas ficam doentes, e outras não?


Suponha que duas pessoas foram expostas ao vírus da gripe. Uma delas fica seriamente doente, e a outra não apresenta nem uma dor de garganta sequer. Embora saibamos que na teoria, ambas deveriam ficar igualmente doentes, há uma diferença fundamental entre elas: o sistema imunológico.
O corpo foi criado para vencer infecções e destruir bactérias e vírus antes que eles tenham a oportunidade de causar qualquer malefício. Entretanto o sistema imunológico precisa de certas condições para funcionar como deveria, e o estilo de vida moderno não oferece todas essas condições, a não ser que se faça um bom esforço.
O que, então, danifica o sistema imune?
·         Toxinas: As toxinas estão embutidas em tudo o que comemos e aplicamos em nossa pele. Aditivos químicos feitos para aumentar a durabilidade dos produtos, dar cor, sabor e consistência são extremamente comuns, e não somos educados para vê-los como uma ameaça a nossa saúde, de forma que continuamos a consumi-los.
·         Deficiências nutricionais: A dieta rica em produtos industrializados e pobres em nutrientes do estilo de vida moderno é uma das principais causas pela quais as pessoas ficam doentes. Sem calorias, o nosso corpo não funciona. Sem nutrientes e vitaminas, o nosso sistema imune se torna falho.
·         Caos eletromagnético: Os celulares, computadores e outros aparelhos eletrônicos são um elemento essencial do século XXI, embora as ondas eletromagnéticas emitidas e recebidas por esses aparelhos é danosa para as nossas defesas.
·         Stress: Tanto o stress mental quanto o emocional interferem na nossa capacidade de combater as doenças. É importante cuidar tanto da mente quanto do corpo.

Referência:
Trudeau, Kevin. Curas naturais que eles não querem que você saiba. 1 ed. Alliance Publishing Group, 2004.

sábado, 23 de março de 2013

Fortalecedor n°10 do Sistema Imunológico – Criando um equilíbrio


Se você acha que o equilíbrio na vida é importante e realmente valoriza o tempo que passa brincando e relaxando, tanto o quanto o tempo que você passa trabalhando e produzindo, você viverá em virtual oposição à ética da vida moderna.

A maioria de nós é induzida a produzir sempre, correndo contra o tempo e dormindo pouco.
A compensação é feita com a recompensas materiais e uma crença interna de que somos pessoas melhores por causa de nossa produtividade, nossas conquistas e nossa ética de trabalho. Apesar do prestígio social obtido por esse comportamento, continuamos a ouvir, mesmo sutilmente, aquela voz interior que nos incita a passar mais tempo brincando, ou rezando, ou ouvindo música, ou estar com entes queridos, ou simplesmente dormindo.
  
O estudo do sistema imunológico nos ensina que o equilíbrio é essencial à boa saúde. Estamos aprendendo esta lição de vários ângulos diferentes, do puramente físico ao psicológico, e até mesmo do espiritual. Já vimos, por exemplo, que certos nutrientes e comportamentos que fortalecem o sistema imunológico quando tomados em excesso na verdade deprimem a resposta imunológica.

Uma coisa boa em excesso nunca é tão boa assim. Equilíbrio é uma forma de ser que pode ser aplicada a todos os aspectos da nossa vida. O equilíbrio nos ensina a ouvir, assim como a falar, ele nos ensina a ser passivos e também agressivos, a dar e a receber.O equilíbrio é confiança, e até mesmo fé. De certa forma ele encoraja a atitude positiva em relação aos outros e a nós mesmos.
O equilíbrio é a chave para o sucesso do fortalecimento de nosso sistema imunológico.

Fonte
Os 10 mandamentos do sistema imunológico.
Elionor Levy e Tom Monte

Fortalecedor n°9 do Sistema Imunológico – Evitando os danos à saúde.

O uso de drogas, álcool ou tabaco está associado às doenças relacionadas com a imunidade, e, como provam as pesquisas, isso não é nenhuma surpresa. As pessoas que usam drogas, abusam do álcool e fumam estão essencialmente cortando as pernas de seus sistemas imunológicos. Consequentemente quando encontram um vírus, uma bactéria ou uma forma de câncer, eles não têm resistência para combatê-los.

O Álcool e o Sistema Imunologico
Tomar mais do que a média de três drinques alcoólicos por dia é um hábito associado a uma grande risco de sofrer um derrame, pressão sanguínea elevada e vários tipos de câncer.
Surpreendentemente, beber um pouco de álcool é um hábito associado a uma melhor saúde e uma maior longevidade, mais do que não beber álcool nenhum. Ninguém sabe exatamente o porquê, exceto que o álcool aumenta o HDL (bom colesterol) e reduz as taxas de doenças coronárias.
 
Assim como os chás verde e preto, o vinho contém antioxidantes e bioflavonóides que protegem o corpo das doenças cardíacas e do câncer.  Porém esses efeitos são anulados quando a dieta é rica em produtos gordurosos. Portanto, o melhor conselho é beber quantidades moderadas de álcool (caso você costume beber) e manter um conteúdo reduzido de gordura em sua dieta.
Um drinque só não parece prejudicar a imunidade, mas dois ou três sim; esse prejuízo cresce à medida em que a quantidade de consumo de álcool aumenta.
Devido à sua imunidade prejudica, os alcoólatras são muito mais suscetíveis a infecções.
A mais importante diretriz para o consumo de álcool é a moderação.
  
O Tabaco e o Sistema Imunológico 
 
O hábito de fumar está associado a várias doenças graves, inclusive o câncer e as doenças cardíacas. Os efeitos do fumo são acumulativos. Se você fuma muito, e por muito tempo, terá um sistema imunológico cada vez mais fraco.
Os macrófagos dos pulmões do fumante são incapazes de protegê-los contra as doenças. São bem menos capazes de destruir vírus, bactérias, e células cancerosas e suas habilidades de produzir citócines e se comunicar com as células CD4 diminui drasticamente. A habilidade dos granulócitos de fagocitar fica prejudicada. Estas condições tornam o fumante suscetível ao câncer e às infecções respiratórias.
  
Os Medicamentos, Antibióticos e o Sistema Imunológico
  
Vários tipos de remédios deprimem o sistema imunológico. Dentre eles estão principalmente os glucocorticóides, como o cortisol e a dexametasona.Eles deixam os usuários altamente suscetíveis a infecções.
Alguns antibióticos prejudicam a imunidade, por exemplo: o clindamycin, roxitromycin e trimetoprim, todos impedem os granulócitos de produzir substâncias químicas que matam muitas bactérias. A mezlocilina, rifampicina, prodigiosina e doxycyclina inibem as funções dos linfócitos T.
 
O uso por tempo prolongado desses e de outros antibióticos podem provocar o enfraquecimento da função do sistema imunológico. Além disso, os antibióticos também matam a flora intestinal benéfica, bactérias das quais o corpo depende para a digestão.Um único antibiótico, a ciprofloxacina, estimula a produção de citócines, células que promovem a resposta imunológica.
 
Metais pesados 
 
Certos metais pesados também deprimem a resposta imunológica. Nas pesquisas com animais tanto o alumínio quanto o mercúrio prejudicam a capacidade dos linfócitos T de produzir citócines. Ambos demonstraram induzir doenças autoimunológicas em animais de laboratórios. 
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A maioria dos medicamentos e toxinas pode ser evitada, ou  a exposição a eles pode ser minimizada. Podemos beber quantidades moderadas de álcool., ou evitá-lo totalmente.  Diante de uma situação na qual a exposição ao ar poluído é inevitável, podemos ingerir mais nutrientes e alimentos antioxidantes e fortalecedores da imunidade, como os já mencionados nos mandamentos anteriores. Sempre que possível, sai ao ar livre e caminhe; isso permite ao corpo eliminar um pouco da poluição acumulada nos pulmões. A melhor dica é reconhecer os perigos em nosso mundo e evitá-los sempre que pudermos.
Se não conseguirmos evitá-los, devemos compensá-los fortalecendo nosso sistema imunológico.
 
Fonte
Os 10 mandamentos do sistema imunológico.
Elionor Levy e Tom Monte 

Fortalecedor n° 8 do Sistema Imunológico – A intimidade e os Relacionamentos.

Virtualmente em qualquer aspecto da vida, os relacionamentos harmoniosos – inclusive a relação com o nosso próprio “eu” – geralmente resultam, numa saúde melhor.Buscamos nossos relacionamentos por vários motivos, mas de cada um deles esperamos a mesma coisa: o reconhecimento e o amor por sermos únicos, enquanto ao mesmo tempo queremos desesperadamente amar e nos sentirmos conectados aos outros.

E nesse vai e vem, de certa forma conseguimos encontrar nós mesmos e nosso lugar no grande bazar da comunidade humana. Esse é o desafio dos desafios, mas para aqueles que conseguem vencê-lo, ou pelo menos encontram um algo semelhante a um equilíbrio, há a recompensa de uma melhor saúde física, psicológica e espiritual, que é a base de uma resposta imunológica mais forte.

Fonte
Os 10 mandamentos do sistema imunológico.
Elionor Levy e Tom Monte